Sobre as músicas do blog... Não devem ser consideradas simples "fundos musicais" para os textos... Foram escolhidas com carinho e apreço, dentre o que há de melhor... São verdadeiras jóias que superam em muito os textos deste humilde escrevinhador... Assim, ao terminar de ler certo texto, se houver música na postagem, termine de ouví-la, retorne, ouça-a novamente se toda atenção foi antes dedicada ao texto... "interromper uma bela música é como interromper uma boa foda... Isso não se faz!..." Por último, se você conhece uma música que, na sua opinião, combina melhor com o texto, não deixe de enviar sua sugestão...

Pontuações da mente...

Música deste post (é bem melhor com música):"For All We Know" Composição  Fred Cootscom letra de  Sam M. Lewisde  (1934). Interpretação de Harry James e Septeto.



'In Mind X' - Achim Prill - Técnica mista sobre madeira





Pontuações da mente

Pontuam-me a mente os amores...
As dores... Os dissabores...
Pontuam-me a mente as vitórias...
Doces glórias... Arroubos em oratórias
Pontuam-me a mente rostos,
corpos, olhos, cílios e lábios...
Pontuam-me a mente declarações...
Demonstrações, financeiras, de renda,
de fraqueza, de coragem,
de rancores, de  amores...

Pontuam-me a mente os porquês,
juntos e separados...
As questões e as explicações...
Mais do que tudo...
Pontuam-me a mente as razões da vida...
E da morte...
Pontuam-me a mente as razões de ser
e de não ser...
No fundo, prendem-se à questão da nobreza,
tal qual ao Príncipe da Dinamarca...

Pontuam-me a mente as rimas...
Que escapam em prosas teimosas...
As palavras deixam de ser formosas...
Os rostos se transformam em máscaras,
a vida em simulacro fugaz...
Pontuam-me a mente de forma sempre presente...
Em caráter premente,
desejos tão-somente,
que provocam, simplesmente,
um estado fremente...
Que estupidamente,
inexoravelmente,,
de maneira veemente,
toca-me sensivelmente,
torna-me demente!

Um comentário:

  1. Penso que agora, pontua-se na mente o que realmente é importante; depois dos caminhos percorridos, tão vastos em experiência e aprendizado,é tempo de desaprender; tempo de deixar-se levar às margens da razão. Os desejos, tão frementes são os acordes da alma,cansada de pensar e ávida por sentir, tão somente.Desejos esses que não nos torna dementes, mas sim pateticamente humanos.

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