Sobre as músicas do blog... Não devem ser consideradas simples "fundos musicais" para os textos... Foram escolhidas com carinho e apreço, dentre o que há de melhor... São verdadeiras jóias que superam em muito os textos deste humilde escrevinhador... Assim, ao terminar de ler certo texto, se houver música na postagem, termine de ouví-la, retorne, ouça-a novamente se toda atenção foi antes dedicada ao texto... "interromper uma bela música é como interromper uma boa foda... Isso não se faz!..." Por último, se você conhece uma música que, na sua opinião, combina melhor com o texto, não deixe de enviar sua sugestão...

Para se perder um grande amor

Música deste post (é bem melhor com música): "I'm Confessin' (that I Love You)" (also known as "Confessin'" ou "I'm Confessin'," ou ainda "Confessin' that I Love You")",  é um standard do jazz. A canção foi inicialmente feita com letra diferente como sendo "Lookin' For Another Sweetie," de Chris Smith e Sterling Grant, e gravada por Thomas "Fats" Waller & His Babies, em dezembro de 1929. Em 1930 a música "renasceu" com a nova letra de Al Newburg, desta vez com a música creditadaa Doc Daugherty e Ellis Reynolds. Louis Armstrong fez sua primeira e altamente influente gravação em agosto de 1930 e continuou a tocá-la por toda sua carreira. Aqui ouvimos uma versão de acordo com o texto, meio reticente, uma interpretação do gênio que era Thelonious MOnk... Não pense que as hesitações e "notas fora" são de um aprendiz, mas bem proprias de quem estava apaixonado... Por uma Baroneza... Falo disso na página de jazz.






PARA SE PERDER UM GRANDE AMOR


É preciso ser louco para conquistá-lo

Abandonar toda a sua vida

E se entregar a ele por inteiro

E descobrir que  com ele

Vêm traumas e desilusões,

Mentiras e contradições

Às quais você terá que igualar




Para perder um grande amor

 É preciso, antes, imaginá-lo eterno

Sem dificuldades e sem desencantos

Fingir que o passado não o atinge

Que és diferente de outros tantos

E ir em frente sempre sorrindo

Fingindo que o amor é infindo

Que não vai, aos poucos, diminuindo



Para se perder um grande amor

 É preciso acreditar

Que os abraços serão sempre apertados

Os beijos sempre prolongados

Os sexos de desejo molhados

Que os corpos jamais se enrugarão

As vaginas jamais murcharão

Os membros sempre se intumescerão.


Para se perder um grande amor,

 É preciso primeiro perder a nobreza,

Mergulhar em profunda pobreza,

dar-se tudo o que se tem,

mesmo quando não lhe convém,

Postar-se sem ter o pão,

E pedir emprestado então,

Frente ao ente amado,

Revelar-se flagelado,

Conseguir ser desprezado


 Para se perder um grande amor



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